1º de setembro de 2008
Aula inaugural da Educação Especial para grupo de alunos (cerca de 10) da modalidade de Educação de Jovens e Adultos – EJA, do Ensino Médio, no Colégio Estadual Divino Mestre.
24 de abril de 2012
Fundação da APASPI – Associação de Pais e Amigos do Surdos de Paraí, localizada à Rua Padre Félix Bustatta, 579, ao lado do Colégio Estadual Divino Mestre.
22 de novembro de 2012
A APASPI – Associação de Pais e Amigos do Surdos de Paraí, foi inscrita no Conselho Municipal de Assistência Social de Paraí, em conformidade com a ata nº 04/2012, sendo regulamentada pela resolução CNAS nº 16 de 2010, desenvolvendo atividades na área de Assistência Social.
2016
Conquista do terreno, concedido pela Administração Pública Municipal, para construção da sede da APASPI, pelo Prefeito Jeremias Trevizan.
19 de dezembro de 2016
Foi iniciado o processo de credenciamento e autorização do Centro de Atendimento Educacional Especializado – CAEE, da APASPI – Associação de Pais e Amigos do Surdos de Paraí, junto à 16ª Coordenadoria Regional de Educação, através do processo SE nº 38.85/19.00/16.4, informação nº 348/2016.
2017
Permuta de terreno concedido pela Administração Pública Municipal, para construção da sede da APASPI, para terreno próximo ao Depósito da Cooperativa Santa Clara.
07 de junho de 2017
Credenciamento do CAEE para atendimento da Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio, autorização de funcionamento e aprovação do Regimento Interno pelo Conselho Estadual de Educação.
09 de agosto de 2017
Oficialização da Criação do CAEE – Centro de Atendimento Educacional Especializado, da APASPI – Associação de Pais e Amigos do Surdos de Paraí, ampliando o atendimento a pessoas com múltiplas necessidades, através do trabalho de uma equipe multidisciplinar.
Abril de 2022
Fundação do Centro de Equoterapia Pôr do Sol. Onde ocorrem os atendimentos com equitador, auxiliar guia, psicólogo, fisioterapeuta, psicomotricista e equoterapeuta, nas suas diversas modalidades, com benefícios como:
- Desenvolvimento do afeto, através do contato da pessoa com o cavalo;
- Estimulação da sensibilidade tátil, visual e auditiva;
- Melhora da postura e do equilíbrio;
- Aumento da auto-estima e autoconfiança, promovendo sensação de bem estar;
- Melhoria do tônus muscular;
- Permite o desenvolvimento da coordenação motora e percepção dos movimentos.
Maio de 2022
A equipe da APASPI buscou, através da política pública oferecida pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul, sua inscrição no TEACOLHE. Passando a ser Centro de Referência em Transtorno do Espectro Autista (CRR). Executando serviços técnicos profissionais a partir desta data.
10 de Setembro de 2022
No sábado do dia 10 de setembro de 2022 ocorreu o 1° Torneio da Inclusão de Futsal, organizado pela APASPI com o Apoio da Prefeitura Municipal de Paraí e a Câmara de Vereadores do Município!
O evento tinha como ponto principal, a inclusão no meio esportivo do grupo de Surdos, visto a data de 26 de setembro, o Dia Nacional do Surdo.
O evento contou com premiação, a qual foi alcançada com o apoio da Secretaria de Esportes, por intermédio do responsável pelo setor João Paulo Richetti Pasin. Os classificados foram: Campeão Navegantes, Vice Campeão CT Arena Fitnes, 3° Lugar Palmeirinha e 4°Lugar Na Busca de Um Milagre. Também participaram as equipes Salete, Penarol, Os Coringas, Alaska, Time do Bill e Paraí City!
12 de outubro de 2023
No dia 12 de outubro de 2023 foi dado continuidade ao Torneio da Inclusão de Futsal, com sua segunda ocorrência.
Novamente foi realizado neste data, visto o Dia Nacional do Surdo, 26 de setembro.
O torneio reúne equipes compostas por jogadores inclusos, principalmente surdos, e neste ano com a presença de um autista, proporcionando uma oportunidade única para que todos possam participar e mostrar seu talento no futsal.
SOBRE A APASPI
A APASPI, fundada em 2012, é uma Associação Civil Filantrópica, que busca desenvolver ações em defesa da garantia de direitos, de prevenções, orientações, prestação de serviço, apoio às famílias, visando a qualidade de vida dos usuários.
Ela é constituída por pais, amigos, pessoas com deficiência, voluntários, profissionais e instituições parceiras, sejam elas públicas ou privadas, formando uma rede de promoção e defesa de direitos.
Para os surdos, são ofertados na instituição: atendimentos de Assistência Social, Fonoaudiologia, Psicologia, Oficinas de Pilates, Muay Thai, Futebol, preparação para a Carteira Nacional de Habilitação – CNH, aulas de LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais. Para a comunidade e região, também são oferecidas aulas de LIBRAS, por dois intérpretes surdos, habilitados para tal função, os quais fazem parte da própria APASPI.
A história da Associação conta com várias e importantes etapas, que foram acontecendo de acordo com a percepção dos profissionais quanto à necessidade de abrangência dos serviços. E em razão desses novos desafios que foram surgindo, e em razão de um expressivo número de crianças e adolescentes do município de Paraí possuírem diagnóstico de transtorno do espectro autista – TEA e/ou dificuldades de aprendizagens, a APASPI mobilizou-se pela causa e criou o Centro de Atendimento Educacional Especializado- CAEE, para atendimento da Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio.
Assim, atualmente, ela atende pessoas com Transtorno do Espectro Autista, Down, Cadeirantes, pessoas com dificuldade de aprendizagem/ fala, além de outras síndromes e sintomas não identificados, todos em idade escolar e que estejam inseridos na escola regular de ensino. Para eles, são oferecidos atendimentos de Assistência Social, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Psicologia, Psicopedagogia, Psicomotricidade, Terapia Ocupacional.
E para uma evolução mais completa destes sujeitos, além dos atendimentos institucionais, são oportunizados assessoramentos à Escola na qual o aluno está matriculado, visando orientar os profissionais que os atendem, minimizando as dificuldades por eles apresentadas.
Mas, como sempre se busca oferecer mais para as pessoas que confiam na APASPI, em 2018, novo avanço se consolidou. Foi criado o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos – SCFV, um grupo formado por sujeitos com diagnósticos de deficiência intelectual e múltipla. O atendimento destes, acontece duas vezes por semana, direto com uma educadora social, visando a interação social e qualidade de vida.
A APASPI mantém-se de doações, promoções e dos convênios com os municípios de abrangência, que são: Paraí, Casca, Guabijú, Guaporé, Nova Araçá, Nova Bassano, Nova Prata, São Domingos do Sul, São Jorge, Serafina Corrêa e União da Serra. Este recurso é totalmente utilizado para a manutenção da instituição e pagamento da equipe multidisciplinar.
Dentre as conquistas já alcançadas pela APASPI, a construção da sede própria em 28 de setembro de 2019 é o grande destaque. No entanto, ainda há muito que ser feito, pois segundo o Estatuto Social, a mesma possui como finalidade:
Art. 2º: V – promover auxílio e atendimento nas áreas de assistência social, saúde, educação aos usuários, bem como orientação aos mesmos e seus familiares, promovendo assim a integração família-instituição – comunidade.
Assim, cabe destacar a importância da integração e da socialização, diante das pessoas com deficiência, que tanto já foram “injustiçadas” perante as próprias “perdas” que a vida impôs. A família é o primeiro espaço de integração e de socialização para o indivíduo, e a APASPI exerce um papel fundamental na consolidação desse processo, buscando proporcionar espaços específicos para desenvolvimento dessas ações.
SOBRE O CAEE
O Centro de Atendimento Educacional Especializado busca superar a perspectiva de processos educacionais que levem à exclusão, primando pela Educação Inclusiva, através da organização de espaços educacionais que auxiliem o desenvolvimento dos educandos com deficiência e/ou dificuldades de aprendizagem, em turno inverso ao da escolarização, contribuindo efetivamente para garantir o acesso à educação comum, disponibilizando os serviços e apoios que complementam a formação dos mesmos nas classes da rede regular de ensino.
De acordo com as resoluções CNE/CEB n° 02/2001, CNE/CEB n° 04/2009 e o Parecer CEED n° 251/2010, as instituições de Educação Especial Comunitárias, Confessionais ou Filantrópicas, sem fins lucrativos, poderão atuar como CAEE – Centro de Atendimento Educacional Especializado – no processo inclusivo, procurando trabalhar numa visão de prestação de serviços e de acompanhamento Educacional Especializado.
DIAGNÓSTICO
A equipe de profissionais da APASPI, durante um período de reflexão e estudo acerca das necessidades das escolas da rede pública municipal e particular, idealizou promover uma escola inclusiva. Com este propósito, iniciou um trabalho de inclusão social, associado à Língua de Sinais, e de acessibilidade, através de apoio complementar junto à Escola, à família e à comunidade em geral, visto que muitas são as famílias que possuem integrantes atendidos pela Associação, inclusive as caracterizadas em situação de vulnerabilidade social.
Por tais características, a visibilidade da APASPI aumentou significativamente, especialmente devido ao fato de ela dispor de profissionais habilitados para realizarem atendimentos educacionais especializados, bem como uma equipe multidisciplinar, que atua na interdisciplinaridade: Fonoaudiólogas, Psicólogas, Psicopedagogas, Intérpretes em Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS, Pedagogas, Terapeuta Ocupacional, Educador Físico e Assistente Social, características estas que fazem toda a diferença quando o assunto é inclusão. E para complementar este perfil, quando necessário, a equipe ainda realiza encaminhamentos à especialistas (Psiquiatra, Neurologista, Pediatra, …), em parceira com as Secretarias de Saúde, ampliando mais as possibilidades inclusivas.
A APASPI sempre acreditou no potencial de aprendizagem e desenvolvimento dos educandos com necessidades especiais ou dificuldades de aprendizagem, trabalhando em parceria com os educadores e escola regular, tornando viável o acesso e a permanência dos mesmos na classe comum. Os profissionais realizam seu trabalho, motivando a educação integral dos educandos com deficiência, nas diversas áreas, respeitando seus limites e promovendo a educação inclusiva, de modo que o sujeito possa exercer sua cidadania.
E para bem desempenhar o propósito que defende, os profissionais da APASPI estão em constante formação, tanto a nível acadêmico como em Cursos, Encontros, Simpósios, Palestras e leituras que se referem aos Transtornos Globais de Desenvolvimento, aos Transtornos de Espectro Autista, aos Transtornos Psicológicos e dificuldades de aprendizagem, especialmente no que se refere à Legislação, novas descobertas científicas, manejo e condutas profissionais que venham a oportunizar o avanço potencial do indivíduo.
Foi por este diagnóstico que ocorreu a “reelaboração” de objetivos e propósitos da Associação, a fim de aproximar o objetivo de trabalho à situação ideal que se descortinava, em conformidade com a legislação vigente. Surgiu, assim, a busca pelo credenciamento e autorização para o Centro de Atendimento Educacional Especializado, destinado a educandos em fase de escolarização no ensino comum, e que apresentem surdez, deficiência intelectual e transtornos globais do desenvolvimento, considerando-se os pressupostos filosóficos a serem estabelecidos e a disponibilidade de recursos financeiros da Entidade Mantenedora.
FILOSOFIA
Educar, partindo da filosofia educacional em sua própria constituição, mas concebida como uma reflexão e orientação que tentem dar conta de aspectos fundamentais e específicos do ser humano e dos processos pedagógicos pertinentes às suas necessidades, levando em conta a educação inclusiva, para identificar e colocar numa direção teórico-prática os elementos indispensáveis à pratica no atendimento educacional especializado, articulados aos extensos e importantes desenvolvimentos teóricos recentes das diversas ciências da educação colocados, em alguma medida, para além da ciência e do senso comum, com vistas à construção de um lugar na sociedade para todos e para cada um.
Espera-se que a Filosofia seja capaz de impulsionar a reflexão sobre transversalidade da educação em relação à educação e a questão específica das necessidades educativas especiais, sem abdicar de uma apreensão crítica da totalidade, para além da “instrução formal” e/ou da transmissão/construção do conhecimento.
Partilha-se da concepção de que a Educação Inclusiva atenta à diversidade inerente à espécie humana. Assim, busca-se perceber e atender as necessidades educativas especiais de todos os sujeitos-educandos em salas de aulas comuns, de forma a promover a aprendizagem e o desenvolvimento pessoal de todos.
A Filosofia inclui os seguintes princípios:
- A aprendizagem requer a ativa participação do educando;
- Os indivíduos possuem inteligências múltiplas, por isso aprendem de diferentes formas;
- A aprendizagem se promove a nível individual e em processos que envolvam o grupo.
Como valores, esta proposta busca atender:
- A integração do educando e o educador;
- A diversidade de projetos/propostas educativas que permitam contemplar as necessidades de cada educando;
- O comprometimento da comunidade envolvida com os desafios da educação
- A interação entre escolas;
- A igualdade de oportunidade para todos os educandos.
Partindo desta Filosofia e destes Valores, se reconhece que os estudantes possam ter:
- Problemas intelectuais;
- Dificuldades de aprendizagem;
- Transtornos mistos do desenvolvimento;
- Surdez.
No CAEE, pretende-se que o perfil dos educadores e profissionais assegure:
- Ultrapassar o conceito de conteúdos, concebendo que o conhecimento é construído respeitando os pilares: aprender a ser, aprender a fazer, aprender a viver e aprender a conviver;
- A compreensão da relação de aprendizagem dialógica;
- A capacidade de trabalhar em equipe;
- Competência formadora científica/pedagógica.
Partindo destes pressupostos, embasados na Filosofia do CAEE, se reconhece que:
- Todos os educandos são únicos em suas habilidades;
- Todos os educandos são reconhecidos por seu valor enquanto seres humanos e cidadãos;
- Todos os educandos necessitam sentir-se seguros dentro de um meio onde as diferenças individuais e as necessidades especiais sejam respeitadas, e os conteúdos sejam adequados às possibilidades de rendimento de cada um;
- Todos os educandos podem destacar-se e ter êxito considerando as possibilidades em concordância com o nível individual.
OBJETIVOS DO CENTRO DE ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
- Acompanhar o desenvolvimento global da pessoa com deficiência, Transtornos Globais do Desenvolvimento e dificuldades de aprendizagem em nível de escolarização, ressaltando a importância do Atendimento Educacional Especializado para todos os indivíduos que dele necessitem;
- Oferecer atendimento educacional especializado, dispondo de recursos multifuncionais pedagógicos necessários ao processo de aprendizagem dos educandos inclusos no processo comum – com deficiência intelectual e surdos -, a fim de complementar ou suplementar a formação, garantindo o direito à educação de qualidade.